I – QUESTÕES UNIVERSAIS

Qual é a fonte da receita de uma Igreja do Novo Testamento?

Dízimos e ofertas voluntárias procedentes dos seus membros.

Há base bíblica para o recebimento de dízimos e ofertas pela Igreja do Novo Testamento?

Sim, há. Vemos em Gênesis 14.17-20 o registro de um episódio em que aparecem Abrão, o escolhido de Deus para ser o “pai de numerosas nações” (Gn.17.4), “pai de todos os que crêem (Rm.4.11) e “Melquisedeque, rei de Salém… sacerdote do Deus altíssimo (Gn.14.18). A esse sacerdote, Melquisedeque, diz Gênesis 14.20 que “de tudo lhe deu Abrão o dízimo”. Esse Melquisedeque era “sacerdote do Deus altíssimo”; “era grande” homem. Era homem de Deus. Deus estava abençoando Abrão ao dar o dízimo “de tudo” e, também abençoava a Melquisedeque que de tudo recebia o dízimo (Gn.l4.20 e Hb.7.4). Em “Abrão” que significa “pai exaltado”, posteriormente chamado “Abraão”, que quer dizer “pai de multidão”, Deus começava sua nação peculiar, Israel. Esta nação, Israel, é a Cahal ou assembléia ou congregação ou igreja de Deus, e Deus nos mostra o uso de valores materiais entregues ao “sacerdote do Deus altíssimo”, isto é, ao poderoso e soberano Deus.

Facilmente depreende-se que havia pessoas em “Salém” ou Jerusalém que estavam sob a liderança do rei e sacerdote Melquisedeque. Assim, nesses tempos, esse abençoado grupo representa a igreja de Deus em seus primórdios, lidando com valores materiais, com dinheiro. São de tempos remotíssimos as informações de Gênesis 14.17-20, pois Abraão procede de Ur dos Caldeus, cidade pagã, populosa, da parte sul da mesopotâmia. Diz alguém, que Abraão nasceu no ano de 2165 “A.C.”. Vemos assim que o povo de Deus usa dinheiro no seu trabalho ao Senhor por milênios.

Também, vemos que o dízimo era prática conhecida nos dias de Jacó. Gênesis 28 nos mostra que a prática dos dízimos era algo conhecido nesses dias longínquos. Jacó, neto de Abraão, homem que sendo trabalhado por Deus em meio às peripécias da sua agitada vida, teve uma visão de “uma escada, cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. Perto dele estava o Senhor (Javé), e lhe disse: Eu sou o Senhor (Javé), Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque”… Gênesis 28:10-22 nos apresenta mais uma parte do processo da formação do povo de Deus. Parece-nos processo lento, mas foi o caminho seguro para o estabelecimento da nação eleita, até que veio Jesus e, a seguir, o Espírito Santo. Desse modo, consumou-se o estabelecimento da Igreja do Senhor Jesus (Mt.16.18; 18.15-20 e At.2). Mui significativo é que após a inenarrável experiência de Jacó, tendo este um travesseiro de pedra e chão para dormir, “sonhou” sonho tão lindo, inesquecível, imortal, com tão tremendas lições que aquecem nossas almas em meio aos desertos desta vida. Aquele travesseiro-pedra tornou-se “coluna” ungida, azeitada de fé, e veio a ser o palco do qual Jacó bradou “um voto” que ecoa através dos espaços geográficos, terrestres, e por quatro milênios mostrando-nos hoje, sua teologia monoteísta e seu propósito de dar “o dízimo” e notemos, “de tudo” aquilo que Deus lhe conceder. Sem dúvida, a presença dos dízimos, do dinheiro, está ligada ao culto do povo de Deus. Leia, releia Gênesis 28.10-28 e torne-se abençoado e abençoador de quantos o cercam e cercam a bíblia, a palavra de Deus, dando o seu dízimo para o sustento da igreja, pois esta pertence a Deus. Amém.

É Deus quem conclama o seu povo, a Igreja, a dizimar e a ofertar, ou a prática dos dízimos e ofertas é invenção de homens?

O povo de Deus é conclamado a dizimar e a ofertar (Ml.3.7-12). Dízimos e ofertas pertencem ao Senhor. O dízimo é santo “ao Senhor”, quer seja “do grão do campo”, “do fruto das árvores”, de animais, como se vê escrito em Levítico 27.30-34. Vemos neste texto que “todas as dízimas da terra… santas são ao Senhor”. Não cabe a ninguém que de fato creia na palavra de Deus, ficar sem entregar os dízimos, pois estes pertencem ao Senhor. Pois, como veremos mais adiante, o Novo Testamento também aprova os dízimos e até mais do que os dízimos, desde que tudo isto proceda de corações cheios de amor e santo zelo para com o Senhor e sua causa. Levítico 27.30 deve receber especial atenção, minha irmã, meu irmão, pois você e eu somos administradores ou ecônomos na igreja de Deus e precisamos da graça divina para bem administrarmos as finanças do povo de Deus. Portanto, como vemos em Malaquias 3.8-10 Deus e não homens, é quem, de fato, conclama o seu povo a dizimar e a ofertar. Ele diz: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro”… Deus falou, mandou. Obedeçamos. Seremos por isso abençoados. Amém.

O Novo Testamento aprova a prática dos dízimos e das ofertas?

Sim. Aprova. João 5:18 diz que Jesus violava o Sábado. Portanto, Jesus quebrou, anulou a prática de guardar o sábado como sendo o dia de guarda obrigatório para o seu povo. Jesus “violava o sábado”. Mas, em nenhum lugar do Novo Testamento, Jesus violou os dízimos e as ofertas. Pelo contrário, Jesus não só aprovou na Sua prática pessoal os dízimos e as ofertas, como também, disse em Mateus 23.23, aos escribas e fariseus, que praticassem “a justiça, a misericórdia e a fé”, sem contudo omitir a prática de dar “o dízimo”. I Corintios 16.1-4 menciona a prática das ofertas para os santos necessitados. Sintetizando-se, podemos dizer que dízimos e ofertas são coisas peculiares ao viver dos crentes do Novo Testamento.

Os trabalhadores do Evangelho têm direito ao recebimento de salários para seu sustento? 

À luz das Escrituras Sagradas vemos que trabalhadores do Evangelho têm direito ao recebimento de salários para o seu sustento, isto é, para o sustento de sua família.

Em Mateus 10:10 Jesus diz: “Digno é o trabalhador do seu alimento”. O termo “alimento” é tradução do grego τροφή (pronuncia-se trofi) e significa “alimento, sustento, mantimento, comida”. I Coríntios 9.14 é direto e reto e nos dá o pensamento do mestre e Senhor Jesus. O verso bíblico agora citado nos diz: “Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o Evangelho que vivam do Evangelho”. O verbo “ordenou” vem de διέταξεν (pronuncia-se diétaccen), que é terceira pessoa do singular do primeiro aoristo indicativo ativo do infinitivo grego διατάσσω (pronuncia-se diatasso), que significa mandar, prescrever, ordenar, decretar. Sendo um aoristo evidencia que Jesus ordenou de uma vez por todas, não admitindo questionamento. O Senhor “ordenou”, em definitivo, aos que se entregam de uma vez por todas integralmente à pregação do Evangelho, “que vivam do Evangelho”. Esta expressão, “que vivam do Evangelho”, no grego de I Coríntios 9.14, é ἐκ του εὐαγγελίου ζην, cuja pronúncia é: ec tu evanguelíu zin. O caso grego aqui é um ablativo e significa que os trabalhadores do Evangelho, que se dedicam integralmente, em ministério integral, que vivam, também integralmente dos recursos materiais provenientes do próprio Evangelho. Notemos que o Senhor Jesus deu uma ordem e não, apenas, uma sugestão. Não há opção. O Senhor “ordenou”. “Ordenou” a quem? Ordenou “aos que pregam o Evangelho”. O verbo grego, “pregam”, aqui, é καταγγέλλουσιν, (pronuncia-se catanguélusin), o qual é uma terceira pessoa do plural do presente do indicativo ativo de καταγγέλλω ( pronuncia-se catanguélo), que significa pregar, anunciar continuamente. καταγγέλλουσιν, ( pronuncia-se catanguélusin), sendo tempo presente do modo indicativo, repetimos, quer dizer aqueles que estão ininterruptamente, “linearmente” pregando o Evangelho. Estes que estão dando tempo integral e integralmente servindo na pregação evangélica devem viver totalmente do Evangelho.

II – QUESTÕES DA NOSSA LOCALIDADE

Como é administrada as finanças da Igreja em Vitória?

Atualmente temos uma Tesouraria composta de três Tesoureiros. Após a contagem dos dízimos e ofertas voluntariamente entregues pelos membros da igreja, os Tesoureiros registram os valores no Livro Caixa, depositam-nos em conta bancária e efetuam os pagamentos das despesas e compromissos previamente assumidos e aprovados pelo Presbitério.

É responsabilidade dos Tesoureiros apresentarem ao Presbitério todas às terças-feiras, o valor dos dízimos e ofertas arrecadados na reunião geral de domingo, bem como o comprovante de depósito e extrato contendo o saldo bancário e relatórios dos pagamentos da semana.

Também é de responsabilidade do Contador, apresentar até o dia 05 de cada mês ao Presbitério, o Fluxo de Caixa Realizado das operações financeiras e o balancete do mês anterior.

Em que são aplicados os recursos financeiros da Igreja?

Desde que existimos, temos aplicado os recursos que Deus têm nos dado da melhor maneira que concebemos. Assim nossos recursos têm sido aplicados em:

Pagamento de Doações em forma de assistência médica; em compras de remédios; em cestas básicas; em ajuda a crianças necessitadas na compra de seus materiais escolares; em reformas de modestas casas, quando necessário, para membros devidamente necessitados; em ajuda de custos para o sustento de Obras Apostólicas; etc. Sendo que toda esta ajuda só é concedida após acurado estudo de cada caso e aprovação Presbiterial.

Pagamentos de empregados; de ajuda de custo aos Presbíteros com tempo integral; de gastos com manutenção do Patrimônio próprio; de gastos com construções e benfeitorias no nosso local de reuniões; de compras de instrumentos musicais e aparelhos de som; de gastos com publicação de literatura cristã e de outras despesas necessárias à manutenção da atividade da igreja.